quinta-feira, 15 de março de 2012

COPA LIBERTADORES 2012 - 1ª FASE - LIBERTAD X VASCO


Libertad (PAR) 1 x 1 Vasco – Estádio Nicolás Leoz, Assunção (PAR)


Com muito esforço e um homem a menos durante quase meia hora – outra bobeira do Diego Souza – o Vasco conquista um importante ponto contra Libertad, em Assunção.

Time de coração do Presidente da Conmebol, Nicolás Leoz, e treinado pelo autor do gol que deu a Copa do Mundo de 1986 para a Argentina, Burruchaga, o Libertad foi para o importante duelo organizado no 4-4-2 com: Muñoz; Bonet, Bareira, Benegas e Samudio; Aquino, Cáceres, Gamarra e Civelli; Nuñez e Menéndez. Com a batuta de maestro passando das mãos – ou melhor, dos pés – do Juninho Pernambucano para o Felipe e a necessidade de um bom resultado, o Vasco foi esquematizado pelo Cristóvão Borges no 4-3-3 e entrou em campo com: Fernando Prass; Fagner, Dedé, Renato Silva e Thiago Feltri; Nílton, Eduardo Costa e Felipe; William Barbio, Diego Souza e Alecsandro.

Em sua primeira partida como visitante na Libertadores e, por isso mesmo, a primeira sem a obrigação da vitória, o Vasco jogou 20 minutos de um futebol de alto nível. Não só pelo gol do Diego Souza, aos 16, em mais uma assistência do Fagner, mas pela marcação bem posicionada, pela qualidade na posse de bola e pela participação dos volantes Felipe e Nílton nas ações ofensivas. Contudo, num piscar de olhos, todas as qualidades cruzmaltinas sumiram como fumaça em ventania e o Libertad colocou as manguinhas de fora. Assim, o panorama do jogo se tornou o seguinte: o Vasco acanhado e sem conseguir encaixar sequer um contra-ataque e um Libertad mais aceso e finalizador, sem, no entanto, dar muito trabalho ao goleiro Fernando Prass.

Se existia alguma dúvida sobre se o Vasco iria apenas se preocupar em segurar a vantagem durante a 2ª etapa, esta se tornou certeza quando, aos 7 minutos, o instável temperamento do Diego Souza o fez dar uma cotovelada em um rival e o mandou mais cedo para o chuveiro. Com um homem a menos, o Cruzmaltino foi só defesa, e a troca do lateral Thiago Feltri, peça útil nos contra-ataques, pelo zagueiro Rodolfo, é um espelho da postura retraída. Muito pela boa atuação da dupla Dedé e Renato Silva, o Vasco segurou a vitória até o minuto 25, quando Rodolfo – em péssima fase – falhou em uma bola aérea e Nuñez aproveitou assistência do Velásquez para empatar o escore. O mesmo Nuñez que infantilmente seria expulso aos 36 minutos, diminuindo consideravelmente o poder de ataque de sua equipe. Nos minutos derradeiros, ambos os times viram o triunfo estender as mãos, mas um chutaço do Felipe passou a centímetros da trave paraguaia e um outro, venenoso, do Ayala terminou em ótima defesa do Fernando Prass.

Devido à derrota do Nacional (URU) para o Alianza Lima (PER), o empate pode ser considerado um bom resultado para o Vasco, que, com 4 pontos, se mantém na 2ª colocação. E, como lição, ficam os ótimos primeiros 20 minutos e a entrega dos jogadores, que devem ser repetidos no próximo duelo, contra o próprio Libertad, em São Januário, e nos últimos dois, no estrangeiro.

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