quarta-feira, 15 de maio de 2013

RONALDINHO E KAKÁ: DOIS CASOS COMPLETAMENTE DIFERENTES


Convocação é sinônimo de questionamento ao treinador da Seleção. Sempre foi, e assim sempre será, até para ele, o treinador do Escrete, justificar suas escolhas para o torcedor com argumentos melhores do que o “convoco quem eu quiser”. O que não deixa de ser uma verdade, mas também é, no mínimo, deselegante. Desta feita, após a convocação para a Copa das Confederações, as interrogações foram sobre Ronaldinho Gaúcho e Kaká, nossos antigos melhores do mundo. Hoje, no entanto, existe uma diferença abismal entre o futebol praticado por ambos. A ausência de Kaká é aceitável. A de Ronaldinho, não.

No Real Madrid, Kaká não pode nem ser chamado de reserva de luxo, pois não são raras as vezes em que nem no banco se encontra. Quando entra em campo, na maioria das vezes contra rivais infinitamente inferiores ao Real, faz um golzinho ali ou um passe bom acolá. No máximo. Nada que nos faça lembrar o imparável e possante meia-atacante do Milan.

Ronaldinho Gaúcho, por sua vez, nunca esteve tão próximo de seus melhores dias, aqueles onde encantava o mundo com a camisa Barcelona. Dez em cada dez torcedores atleticanos o idolatram, o que é perfeitamente compreensível diante do mágico momento vivido pelo camisa 10. Menos de um ano no Galo foi tempo suficiente para se sagrar o craque do Brasileirão 2012, se colocar como o grande jogador do país neste 2013 em andamento e liderar o melhor Atlético Mineiro que qualquer jovem de 20 e poucos anos já viu.

“Mas ele não joga nada na Seleção!”, dirão os críticos do Gaúcho, que, no Brasil, são mais numerosos do que seriam se o ele fosse de qualquer outra nacionalidade. Ora, se é inegável que Ronaldinho não repetiu em suas recentes participações com a Amarelinha o seu jogo alvinegro, também é verdade que não convocá-lo é colocar um ponto final nas esperanças de que ele faça tudo que sabe pela Seleção.  

Em um grupo com 23 nomes, é inconcebível a ausência de Ronaldinho. Não pelo respeito que seu nome impõe ou por sua história no futebol, o que Kaká também tem. Mas, simplesmente, porque duas vezes por semana ele entra em campo e joga futebol como ninguém tem feito neste país.  

2 comentários:

  1. Chega a ser algo inusitado ao analisarmos o termo SELEÇÃO no futebol... Até então é o que tem de melhor no país. Mas tudo bem! Cada um tem a convicção que merece ou burrice. www.assuntodofutebol.com.br

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  2. sera que o trenador é flamenguista é ficou magoadinho !!??

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