sábado, 29 de junho de 2013

COPA DAS CONFEDERAÇÕES 2013 - O SIMBOLISMO DE UMA CONQUISTA

Viagens de nossos clubes ao redor do planeta e desempenhos brilhantes e vitoriosos da Seleção Nacional em Copas do Mundo fizeram o Brasil ser conhecido por todos como o país onde se joga bonito o futebol. Mas nos últimos anos, é a Espanha quem ocupa o posto de representante mais fiel do denominado futebol-arte, aquele que o saudoso Armando Nogueira definiu como “intuição, invenção, delicadeza no trato com a bola, requinte e refinamento do esporte”. E nenhum simbolismo seria mais marcante deste atual momento espanhol do que uma vitória sobre o Brasil em pleno Maracanã.

Sim, amigos, quando a Espanha estiver enfileirada para escutar o seu hino nacional no antigo Maior do Mundo, Xavi, Iniesta e companhia estarão a pensar, rodeados por mais de 70 mil brasileiros: “temos aqui uma magnífica oportunidade de nos eternizar ainda mais como símbolos do futebol-arte”.

Até o momento, a vitoriosa história espanhola de duas Eurocopas e um Mundial foi escrita em estádios como o Ernst-Happel (Viena – Suiça), Soccer City (Joanesburgo – África do Sul) e Estádio Nacional (Kiev – Ucrânia). Vale deixar claro que não existe aqui nenhuma tentativa de minimizar fase de sonhos vivida pela Fúria por conta dos países que sediaram suas conquistas. O objetivo é tão e somente valorizar que, neste momento, a mais espetacular equipe nacional dos últimos anos pode incluir na sua áurea galeria um título conquistado no Maracanã, o templo sagrado do futebol-arte. E mais: contra o Brasil, que desde que o futebol moderno nasceu na Inglaterra, há mais de 150 anos, foi quem mais tratou este esporte como espetáculo.


Simbolicamente, mesmo que a Copa das Confederações seja menos valiosa que a Eurocopa e a Copa do Mundo – e põe menos nisso –, esta que é disputada no Brasil ganhou contornos que a tornaram, no mínimo, aquela com a final mais aguardada de todas suas edições. E muito porque nela, a Espanha pode escrever não só mais uma página de seu cada dia mais brilhante livro, mas também do livro que conta a história do futebol mundial. Pois se não é sempre que se toma do Brasil o posto de representante do futebol-arte, mais raro ainda é ter a chance de se solidificar nesta posição em um embate contra o próprio Brasil, no Maracanã. 

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