sexta-feira, 2 de agosto de 2013

JOGOS INESQUECÍVEIS DO BRASILEIRÃO - FLAMENGO X ATLÉTICO MINEIRO - 1980

Flamengo 3 x 2 Atlético Mineiro

Campeonato Brasileiro de 1980 – Segundo jogo da final

Maracanã, Rio de Janeiro (RJ)

Público: 154.355

Flamengo: Raul; Toninho, Manguito, Marinho e Júnior, Andrade, Paulo César Carpegiani (Adílio) e Zico, Tita, Nunes e Júlio César. Técnico: Cláudio Coutinho.

Atlético Mineiro: João Leite; Orlando (Silvestre), Osmar, Luisinho (Geraldo) e Jorge Valença, Chicão, Toninho Cerezo e Palhinha, Pedrinho, Reinaldo e Éder. Técnico: Procópio.

Gols: Nunes (Flamengo) aos 7’ do 1º tempo; Reinaldo (Atlético-MG) aos 8’ do 1º tempo; Zico (Flamengo) aos 44’ do 1° tempo; Reinaldo (Atlético-MG) aos 21’ do 2º tempo e Nunes (Flamengo) aos 37’ do 2° tempo.

Não existe votação que se proponha a eleger o melhor jogo do Campeonato Brasileiro que não tenha a final de 1980 como candidata. Não era somente o duelo entre o então Tri Carioca contra o Tri (futuro Hexa) Mineiro. Era o embate entre duas equipes repletas de craques. De um lado, Júnior, Andrade, Carpegiani e Zico. Do outro, Luisinho, Toninho Cerezo, Éder e Reinaldo. E para tornar o confronto ainda mais apimentado, o jogo de ida – vitória do Galo por 1 a 0, no Mineirão – tinha sido pra lá de quente. Os mais de 150 mil presentes ao Maracanã presenciariam uma verdadeira guerra. E uma chuva de gols. Com menos de 10 minutos, Nunes e Reinaldo já haviam ido às redes: 1 a 1. No fim da primeira etapa, Zico colocou o Fla na frente. Ainda tinha muita água para rolar. Aos 20 do segundo tempo, um momento que os antigos adoram contar: Reinaldo sofria para andar em campo por causa de uma contusão – o Atlético já realizara as duas substituições permitidas –, mas, sob os gritos de “Bichado! Bichado!”, usou todo seu instinto de goleador para empatar e endereçar o caneco para Minas. Minutos depois, o “Rei Atleticano” seria expulso por catimba e, junto com ele, por reclamação, toda a comissão técnica atleticana. Os minutos passavam e os arquibaldos e geraldinos não tinham mais unhas para roer quando veio o lance histórico: Nunes recebeu a redonda na esquerda, deixou o zagueiro Silvestre sem pai nem mãe e a colocou para dormir no canto direito do João Leite. Era o gol do primeiro título nacional do Mengão. E o início de uma das maiores rivalidades interestaduais do nosso futebol.


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