quinta-feira, 1 de maio de 2014

CADÊ A FIGURINHA DO FELIPÃO?


A esta altura, muitas crianças de até 100 anos já devem ter completado o álbum de figurinhas da Copa do Mundo. Lá encontramos os cromos da taça, da Brazuca, da logomarca do torneio, de quase todos os jogadores que virão ao Brasil, de alguns que sequer serão convocados, dos escudos das 32 federações que estarão presentes, das imagens dos estádios (na verdade, montagens, pelo óbvio motivo de que não seria possível bater foto de um estádio que não está pronto) e até figurinhas de patrocinadores, o que, diga-se de passagem, é uma baita falta de respeito com o colecionador. Está tudo lá. Ou melhor, quase tudo...

Não deixa de ser surpreendente que em uma época na qual os treinadores, Planeta Bola afora, são endeusados e valorizados com remunerações e status mais alto que o de muitos jogadores, o álbum do Mundial não tenha as figurinhas de Felipão, Joachim Löw, Alejandro Sabella, Vicente del Bosque e seus companheiros de classe. A ausência dos “professores” no álbum do Brasileirão é totalmente compreensível, já que a cada rodada um deles cai e, ao final, as figurinhas ficariam defasadas. No entanto, em um álbum do Mundial, apesar do Carlos Alberto Parreira ter sido demitido da Arábia Saudita no meio da Copa de 1998, este argumento não é válido.

O cromo do treinador, ao lado e igual ao de cada jogador, sem nenhum destaque especial de brilho, formato ou tamanho, é questão de justiça. Não é querer supervalorizar e bradar aos quatro cantos que “técnico ganha jogo”, mas simplesmente que ele ajuda a ganhar. Felipão e os outros 31 comandantes também mereciam estar “figurinhados”, pois, assim como os que vestem o uniforme e vão a campo, eles também fazem parte da história de sua Seleção. Para o bem e para o mal...

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