Internacional 1 x 3 Cruzeiro – Estádio Centenário,
Cruzeiro mostra porque é o atual campeão brasileiro, põe fim
à invencibilidade do Internacional e termina a rodada como líder isolado.
O primeiro tempo teve um Inter com mais iniciativa, um
Cruzeiro mais recuado e quase nenhum espaço. Esta falta de espaços pode ser
colocada na conta da boa organização defensiva e na pouca mobilidade ofensiva
de ambos os lados. Os colorados dependiam muito do D’Alessandro (que acertou um
balaço no travessão, aos 25) e conseguiram apenas uma trama ofensiva
imprevisível no primeiro tempo, justamente a que abriu o placar, aos 38: D’Ale
para Otávio para Diogo para Wellington para o gol. O Cruzeiro, que não avançou
os laterais, não criou com seus meias e não acionou o centroavante Marcelo
Moreno, chegou ao empate aos 42 através de uma bola parada confusa que Ricardo
Goulart cabeceou, sabe-se lá como, para o fundo do barbante.
O gol e a entrada de Willian fizeram um bem enorme aos
mineiros, que voltaram mais confiantes e envolventes do intervalo. O
Internacional, porém, nem de longe estava acanhado e encolhido, e se Willian
quase virou para a Raposa, Otávio, Juan e D’Alessandro estiveram bem próximos
de recolocar os vermelhos em vantagem. O embate chegava muito disputado à sua
reta decisiva, e foi exatamente aí que o Cruzeiro foi mais forte. Foi mais
forte quando Éverton Ribeiro deu linda assistência para Willian (que não pode
ser reserva deste time) virar, aos 24, foi mais forte para não deixar o
Internacional crescer na busca pelo empate e foi mais forte para decretar o fim
de papo, aos 42, em trama de Ricardo Goulart e Willian que Marcelo Moreno
concluiu em gol.
Se ao fim do ano ninguém citará este Inter versus Cruzeiro
como um dos melhores jogos do campeonato, tampouco estivemos diante de uma partida
sonolenta. Foi um duelo interessante, entre dois times organizados e cautelosos
o suficiente para não se lançarem ao ataque como se não houvesse amanhã. Melhor
para o Cruzeiro, agora líder isolado do Brasileirão.
Internacional: Dida; Diogo, Ernando, Juan e Fabrício;
Willians e Wellington (Jorge Henrique); D’Alessandro, Valdívia (Aylon) e Otávio
(Eduardo Sasha); Wellington Paulista. Técnico: Abel Braga.
Cruzeiro: Fábio; Ceará, Léo, Bruno Rodrigo e Egídio; Henrique
e Willian Farias; Éverton Ribeiro (Tinga), Ricardo Goulart e Dagoberto
(Willian); Marcelo Moreno (Borges). Técnico: Marcelo Oliveira.
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