Corinthians 1 x 0 São Paulo
Campeonato Brasileiro de 1990 – Segundo Jogo da Final
16 de Dezembro de 1990
Morumbi, São Paulo (SP)
Público – 100.858
Corinthians: Ronaldo; Giba, Marcelo Djian, Guinei e Jacenir;
Márcio, Wilson Mano e Neto (Ezequiel); Fabinho, Tupãzinho e Mauro (Paulo
Sérgio). Técnico: Nelsinho Baptista.
São Paulo: Zetti; Cafu, Antonio Carlos, Ivan e Leonardo;
Flávio, Bernardo e Raí (Marcelo Conti); Mário Tilico (Zé Teodoro), Eliel e
Elivélton. Técnico: Telê Santana.
Gol: Tupãzinho (Corinthians), aos 9’ do segundo tempo
Quando amanheceu o domingo 16 de dezembro de 1990, o
Palmeiras tinha dois troféus da Taça Brasil, do Robertão e do Campeonato
Brasileiro em sua prateleira, o Santos havia conquistado nada menos do que
cinco vezes a Taça Brasil e uma o Robertão, e o São Paulo vencera o Brasileirão
em duas oportunidades. Em outras palavras, dos gigantes paulistas, apenas o
Corinthians nunca tinha sentido o gostinho de um título nacional. A angústia da
fiel torcida alvinegra, porém, acabaria em poucas horas.
À tarde, o Morumbi recebeu mais de 100 mil torcedores, a
maioria de corintianos, todos aflitos, para a segunda partida decisiva do
Brasileiro daquele ano. Como se não bastasse ser uma finalíssima, ainda era um
clássico. Corinthians versus São Paulo. São Paulo versus Corinthians. Ao Timão
bastava o empate, pois vencera pelo placar mínimo o primeiro jogo, mas Luciano
do Valle deu o tom exato do cenário do primeiro tempo ao soltar pela televisão
um “O Corinthians está num sufoco danado! Danado!”.
Cafu, Leonardo, Raí, Mario Tilico e companhia tricolor davam
um trabalho enorme ao goleiro Ronaldo e os corintianos mais antigos encontravam
em suas memórias, mesmo contra a vontade, as marcantes derrotas em Brasileiros
anteriores. Foi então que surgiu, aos 9 minutos da etapa final, o histórico gol
de Tupãzinho. Um gol suado, na raça, no coração. Um gol com cara de
Corinthians, que deu a um time com cara de Corinthians, liderado por um craque
Neto com cara de Corinthians, um título Brasileiro com cara de Corinthians.
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