quinta-feira, 1 de maio de 2014

COPA LIBERTADORES 2014 – OITAVAS DE FINAL – CERRO PORTEÑO X CRUZEIRO


Cerro Porteño 0 x 2 Cruzeiro – Estádio General Pablo Rojas, Assunção (Paraguai)

Na base do coração! Mesmo pouco inspirado, Cruzeiro vence Cerro Porteño e segue firme na busca por sua terceira Libertadores.

Em Marcado para a Morte, um dos grandes clássicos dos filmes de ação, Steven Seagal enfrenta um cartel de drogas jamaicano cujo líder supostamente possui o poder de estar em dois lugares ao mesmo tempo. Depois de muitos tiros e pontapés, o herói descobre que não havia nada de sobrenatural no vilão e que, na verdade, estava diante de gêmeos.  No fim, após matar os dois irmãos, Seagal solta o inesquecível “Espero que não sejam trigêmeos”.

Pois este deve ter sido o desejo de todos os cruzeirenses diante do salseiro causado pelos gêmeos Óscar e Ángel Romero nos primeiros 30 minutos de jogo. Eles correram, driblaram, apanharam, deixaram seus companheiros, principalmente o centroavante Güiza, em condições de marcar e o Ángel ainda acertou o travessão. Fizeram o diabo.

Após meia hora, porém, o Cerro diminuiu o ritmo e o Cruzeiro, enfim, conseguiu um pouco de paz. Mais paz veio no intervalo e os mineiros voltaram para a etapa final ordenados o suficiente para, pelo menos, marcarem maior presença no campo de ataque. Com o caminhar do relógio a Raposa aumentou a intensidade e o Cerro, que até este momento ignorava a vantagem do empate mudo, deu indícios de que colocaria o regulamento debaixo do braço.   

O crescimento cruzeirense, porém, não se mostrou sólido o bastante para levar perigo ao goleiro Fernández, e quando Bruno Rodrigo foi mandado para o chuveiro, aos 32, a vaca azul parecia caminhar a passos largos para o brejo. Apenas parecia... Aos 35, Dedé, que até então vinha em jornada desastrosa e repleta de erros, subiu mais alto que toda a defesa rival e fez de cabeça – ou seria de coração? – o gol tão desejado.

Daí até o fim, o Cerro não só não teve psicológico para buscar o empate que levaria para os pênaltis como ainda viu Corujo ser expulso e Dagoberto, já nos acréscimos, dar números finais à heroica classificação azul. O Cruzeiro ainda não foi nesta Libertadores o time avassalador do Brasileirão 2013, mas sem dúvidas segue forte na briga pelo caneco.

Cerro Porteño: Fernández; Bonet, Cardoso, Ortiz e Alonso (Gamarra); Corujo, Julio dos Santos, Oviedo e Óscar Romero; Ángel Romero (Godoy) e Güiza (Beltrán). Técnico: Francisco Arce.

Cruzeiro: Fábio; Ceará, Dedé, Bruno Rodrigo e Samudio; Henrique e Lucas Silva; Éverton Ribeiro, Ricardo Goulart e Willian (Dagoberto); Júlio Baptista (Borges) (Léo). Técnico: Marcelo Oliveira.

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