quarta-feira, 20 de abril de 2011

DECISÃO DA COPA DO REI 2010/2011 - REAL MADRID X BARCELONA



Real Madrid 1 x 0 Barcelona – Mestalla, Valencia (ESP)



Em jogo repleto de tensão e nervosismo, o Real Madrid venceu o Barcelona por 1 x 0 com um belo gol do Cristiano Ronaldo e conquistou a Copa do Rei.



Para o decisivo duelo, o treinador Jose Mourinho decidiu mandar o Real Madrid para campo com uma organização semelhante à apresentada no 2º tempo do clássico do último sábado. Assim sendo, o Real entrou em campo no 4-5-1 com: Casillas; Arbeloa, Sergio Ramos, Ricardo Carvalho e Marcelo; Khedira, Pepe, Xabi Alonso, Özil e Di María; Cristiano Ronaldo. Pelo lado do Barcelona, o mesmo 4-3-3 de anos recentes, com a escalação de Mascherano na defesa devido ao fato de o Puyol estar contundido, com: Pinto; Daniel Alves, Mascherano, Piqué e Adriano; Busquets, Xavi e Iniesta; Pedro, Messi e David Villa.



Apesar de muitos – inclusive este que vos fala – terem considerado o Barcelona como favorito para levantar o caneco da Copa do Rei, seria uma enorme incoerência descartar a força do Real Madrid. No entanto, nem o mais fanático torcedor merengue imaginaria ver o que viu na 1ª etapa: o jogo foi para o intervalo com o Barcelona tendo conseguido ficar apenas 36% do tempo com a pelota nos pés. Isso mesmo, os “reis da posse de bola” passaram apenas 36% dos primeiros 45 minutos com a redonda nos pés. O maior responsável por conseguir a façanha de tirar a bola dos pés do Barça foi o sistema ofensivo adiantado armado pelo Jose Mourinho, com destaque para o trio de volantes formado por Pepe, Khedira e Xabi Alonso.



Além de anular qualquer tentativa de atacar do adversário, o Real Madrid, comandado por um certeiro Özil, conseguiu criar excelentes oportunidades de abrir o placar, mas não as converteu em gols. Os lances de destaque foram dois arremates cruzados do Cristiano Ronaldo, ambos em passes do Özil, uma finalização do próprio Özil, e, já aos 43 minutos, uma cabeçada do Pepe que bateu na trave, originada em uma tabelinha entre o Cristiano Ronaldo e o Özil onde o português tocou a bola de ombro. Sensacional!



Após o intervalo, o duelo mudou completamente, com o Barcelona enfim conseguindo trocar passes e o Real Madrid recuando mais do que devia e abdicando do ataque. É compreensível que os jogadores merengues não conseguissem manter o ritmo de marcação da 1ª etapa, porém a liberdade que o Barcelona começou a ter e a falta de poder ofensivo do Real Madrid não estavam nos planos do Jose Mourinho. Contando com o crescimento do Messi na partida, o Barcelona criou raízes no campo de ataque e por pouco não chegou ao gol em duas finalizações do Pedro, uma do Messi e uma linda tabelinha entre o próprio Messi e o Iniesta, que só não virou gol pois o Casillas é um dos melhores – para muitos o melhor – goleiro do mundo.



Quando o relógio marcava 44 minutos, Di María mandou um lindo chute de fora da área e obrigou o goleiro Pinto a uma defesa ainda mais linda. Este arremate, o único lance digno de nota que o Real criou na 2ª etapa, mostrou que os madrilenos não estavam mortos.



E os primeiros minutos da prorrogação trariam a certeza de que o Real realmente não estava morto. Depois de um fulminante contra-ataque iniciado pelo Xabi Alonso e finalizado com muito perigo pelo Cristiano Ronaldo, o Real conseguiu chegar ao gol do título em outra finalização do português, esta de cabeça, aos 12 minutos do 1º tempo, após grande tabelinha entre Di María e Marcelo. O Barcelona sentiu o golpe e encontrou enormes dificuldades para chegar próximo do gol defendido pelo Casillas. Na realidade, o Real esteve mais perto de ampliar o escore do que o Barça de empatar, mas o Pinto defendeu chute do Adebayor.



O apito final, além de dar um importantíssimo caneco para o Real Madrid, trouxe também duas certezas: não existe, nunca existiu e nunca vai existir um time imbatível, e, gostem ou não de sua personalidade, o Jose Mourinho é um treinador do mais alto nível.



¡CONGRATULACIONES, REAL MADRID!

Nenhum comentário:

Postar um comentário