quinta-feira, 24 de maio de 2012

COPA LIBERTADORES 2012 - QUARTAS DE FINAL - FLUMINENSE X BOCA JUNIORS



Fluminense 1 x 1 Boca Juniors – Engenhão, Rio de Janeiro (RJ)


Em briga de cachorro gigante, Boca Juniors chega ao gol de empate no apagar das luzes e põe fim ao sonho do Fluminense de conquistar sua primeira Libertadores.

Ainda sem contar com seus líderes técnicos, Deco e Fred, o Fluminense foi para o jogo mais importante do ano, até o momento, escalado pelo Abel Braga no 4-2-3-1 com: Diego Cavalieri; Bruno, Gum, Anderson e Thiago Carleto; Jean e Edinho; Thiago Neves, Wagner e Rafael Sóbis; Rafael Moura. Com apenas uma alteração em relação à vitória na Bombonera – o raçudo Santiago Silva voltou ao ataque – Julio Falcioni organizou o Boca Juniors no 4-3-1-2 com: Orión; Roncaglia, Schiavi, Insaurralde e Rodríguez; Rivero, Erbes e Erviti; Riquelme; Cvitanich e Santiago Silva.

O Fluzão fez um primeiro tempo de manual. Tranquilo, sem sair em busca do gol como crianças atrás de doces de Cosme e Damião e muito bem posicionado taticamente. Individualmente, Gum e Anderson tiveram 45 minutos impecáveis e não deixaram Santiago Silva e Cvitanich sequer se apresentarem à redonda, Edinho foi um verdadeiro leão e tomou conta do espaço onde Riquelme teria a missão de iniciar as tramas ofensivas de sua equipe e Bruno foi presença constante no flanco direito. O nome do 1º tempo, contudo, foi Thiago Carleto, bem na marcação, no apoio e autor do arremate que, após desvio na barreira, foi morrer no fundo do filó e fez a galera tricolor explodir de alegria. Este gol, aos 16 minutos, foi essencial para o Flu, apesar do pouco ímpeto ofensivo, manter a postura serena e superior aos argentinos durante toda a etapa.

Após o intervalo, o Boca voltou com um mais espaço para jogar e começou a alçar bolas na área tricolor. Não era nada assustador, porém já era bem mais do que os argentinos haviam conseguido no tempo inicial. Mesmo menos senhor do jogo foi o Fluminense que criou a melhor trama ofensiva dos primeiros minutos, uma falha finalização do Rafael Sóbis após cruzamento de Thiago Neves, aos 15. O ponteiro girava, os treinadores realizavam substituições em seus ataques, o fim se aproximava e o jogo não pegava fogo. O Flu não se arriscava em busca do gol que garantiria a classificação sem a necessidade dos pênaltis nem conseguia manter o Boca longe de sua área, como fizera nos primeiros 45 minutos. E deixar os Xeneizes se sentirem mais a vontade foi o grande erro tricolor. Com mais liberdade, Riquelme encontrou Rivero pela meiúca e, após o arremate do volante acertar a trave, o inquieto Santiago Silva deu a classificação ao Aurianil de Buenos Aires.

O que faltou ao Fluminense para o triunfo? Não foram seriedade e vontade, mas, sim, poder ofensivo. Seria utopia acreditar que Deco, Fred e Wellington Nem (que só atuou 16 dos 180 minutos) não iriam fazer falta. Porém, depois de ter saído na frente do placar, o Flu poderia ter sido mais agressivo. Mais intimidador. Mostrar mais cara de quem tinha tudo para ser Campeão.


ENQUANTO ISSO, NO PACAEMBU...

- O equilíbrio do Engenhão foi repetido no clássico nacional entre Corinthians e Vasco, dois times do mais alto nível, não à toa os dois primeiros do último Brasileiro. Até o juiz apitar pela última vez era impossível definir o classificado. O gol que Diego Souza perdeu, aos 17 minutos da 2ª etapa, vai martelar sua cuca por um bom tempo. E o que o volante Paulinho marcou, aos 42, também não saíra de sua memória. Mas por outro motivo.

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