sábado, 15 de setembro de 2012

OLHO TÁTICO - PSG - LIGUE 1 2012/2013 - 4ª RODADA


Com um punhado de ausências – entre desfalques e jogadores que ainda nem estrearam, caso de Thiago Silva – o PSG passou pelo então invicto Toulouse por 2 a 0, gols de Pastore e Ibrahimovic, e conquistou sua segunda vitória na Ligue 1, o Campeonato Francês.

Ainda em processo inicial de formação tática no PSG, já que o torneio se encontra apenas na 5ª rodada, o treinador italiano Carlo Ancelotti organizou sua equipe no mesmo 4-3-1-2 que durante quase uma década foi sua marca registrada no Milan. No entanto, sem muito esforço, uma diferença salta aos olhos na comparação, por exemplo, com o Milan de 2005, que perdeu a histórica final da Champions League para o Liverpool, nos pênaltis: o “número 1” rossoneri era Kaká, um jogador mais incisivo e veloz do que Pastore, que, neste esquema, é o encarregado de jogar atrás da dupla de ataque.

Não existe aqui nenhum tipo de desvalorização do futebol do Pastore, mas apenas uma comparação de estilos. Do seu modo, o argentino foi essencial para a vitória parisiense. Primeiro, aos 37 minutos da etapa inicial, recebeu perfeito passe do volante Verratti e encobriu o goleiro Ahamada. Depois, já no 2º tempo, aos 24, iniciou a jogada que passou pelos pés de Ménez e terminou em mais um gol – o quinto no torneio – de Ibrahimovic´.

Ambos os gols surgiram quando o PSG não era senhor da partida. Até porque, em nenhum momento, os Parisiens conseguiram se impor, se plantar no campo de ataque, pressionar o rival. Se não passou muitos sustos – o goleiro Sirigu e os zagueiros Alex e Sakho pouco trabalharam – o mais novo milionário do futebol europeu também esteve longe de apresentar um futebol ofensivamente sólido e consistente.

Com a vantagem de dois gols, Ancelotti realizou suas três substituições e, para ter um fim de jogo mais tranquilo, montou uma linha de quatro no meio-campo com Maxwell, Matuidi, Thiago Motta e Chantôme. Armand ocupou a lateral-esquerda e Nenê, que atuou pouco e ainda conseguiu cobrar um ótimo córner que Alex quase transformou em gol, foi fazer companhia a Ibra no ataque.

Pelas peças que tem e ainda terá em mãos, o 4-3-1-2 que Ancelotti conhece tão bem pode ser um esquema-base bastante sólido. O que não impede, porém, uma formação com dois pontas como carta na manga. Principalmente porque, dentro de alguns meses, Lucas chegará a Paris.

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