quinta-feira, 20 de setembro de 2012

SUPERCLÁSSICO 2012 - BRASIL X ARGENTINA


Brasil 2 x 1 Argentina – Serra Dourada, Goiânia (GO)

Neymar marca de pênalti no último minuto, coloca o Brasil em vantagem no Superclássico e alivia um pouco a situação do treinador Mano Menezes, que já escutava os pedidos por Felipão.

Após dois amistosos sem relevância, Mano Menezes organizou a “caseira” Seleção Brasileira no 4-2-3-1 com: Jefferson; Lucas Mendes, Dedé, Réver e Fábio Santos; Paulinho e Ralf; Lucas Silva, Jadson e Neymar; Luís Fabiano. Com três jogadores que atuam no futebol brasileiro no seu onze inicial, a Argentina foi escalada pelo Alejandro Sabella no 3-5-2 com: Ustari; López, Sebá Domínguez e Desábato; Peruzzi, Maxi Rodríguez, Braña, Guiñazu e Clemente Rodríguez; Martínez e Barcos.

O juiz apitou pela primeira vez, Lucas Silva, o são-paulino, deu um banho de cuia no Clemente Rodríguez e o Brasil logo começou a trocar passes e mais passes sem conseguir penetrar na muralha argentina formada por uma linha de cinco defensores e três volantes. Assim transcorreu o Superclássico até o minuto 19, quando, pela primeira vez, os argentinos trataram a pelota com o carinho que se trata uma señora ao bailar um tango e o corintiano Martínez abriu o placar. Um rápido empate se fazia necessário para o Brasil, pois, caso permanecesse muito tempo atrás do escore, jogadores e torcedores ficariam impacientes. E ele veio aos 25, em cobrança de falta de Neymar e gol do impedido Paulinho. Daí até o intervalo, o Brasil continuou sem produzir nada a ser destacado com a bola rolando e a Argentina a visitar o campo de ataque raríssimas vezes.

A única diferença entre a etapa inicial e os primeiros 15 minutos da final foi que os times trocaram de lado. Só. Furar a retaguarda argentina com jogadas individuais de Lucas e Neymar estava muito difícil, pois toda a marcação estava sempre bem coberta, e como faltava ao Brasil um jogador com o passe clarividente, as oportunidades de gols não surgiam. Mano colocou Thiago Neves, Leandro Damião e Wellington Nem, mas a evolução foi nula e a cada minuto a Argentina ficava mais perto do desejoso empate. O andar do relógio também trouxe as vaias e os gritos de “Fora, Mano” e “Volta, Felipão”. Gritos que só não ganharam maior intensidade após o apito final porque, poucos segundos antes dele, Desábato conseguiu a façanha de cometer duas infrações no mesmo lance (falta no Damião e mão na bola) e Neymar converteu o pênalti para dar a vitória ao Brasil.

Dentro de 15 dias, a Argentina jogará em casa e com a necessidade de buscar a vitória, o que torna o cenário do jogo bem diferente do que se viu no Serra Dourada. Se por um lado os brasileiros sentirão os malefícios de atuar como visitante, maiores por ser um visitante em solo argentino, por outro encontrará mais espaços para tentar produzir um futebol de melhor qualidade. 

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