domingo, 20 de outubro de 2013

JOGOS INESQUECÍVEIS DO BRASILEIRÃO - INTERNACIONAL X GRÊMIO - 1988


Internacional 2 x 1 Grêmio

Campeonato Brasileiro 1988 – Segundo jogo da fase semifinal

Beira-Rio, Porto Alegre (RS)

12 de fevereiro de 1989

Internacional: Taffarel; Luis Carlos Winck, Aguirregaray, Nenê e Casemiro; Norberto, Leomir (Diego Aguirre) e Luis Carlos Martins; Mauricio (Norton), Nilson e Edu Lima. Técnico: Abel Braga

Grêmio: Mazarópi; Alfinete, Trasante, Luis Eduardo e Airton; Bonamigo, Cuca e Cristóvão; Jorginho (Reinaldo Xavier), Marcos Vinicius e Jorge Veras (Serginho). Técnico: Rubens Minelli.

O nome já diz tudo: Gre-Nal do Século. Assim entrou para a história o duelo entre colorados e tricolores gaúchos pela semifinal do Brasileiro de 1988, um clássico com uma atmosfera como poucas vezes se viu. Após o empate mudo no jogo de ida, no Olímpico, o Beira-Rio recebia quase 80 mil fanáticos. A vantagem do Inter de poder empatar quase foi para o brejo logo no início, em bola de Jorginho na trave, e para lá foi aos 25 minutos, quando Marcos Vinícius fez um a zero Grêmio. Sem alternativas a não ser atacar, o Inter foi à frente e começou a criar oportunidades, mas, aos 37, um baque: Casemiro fez falta duríssima no zagueiro Trasante e foi mais cedo para o chuveiro. Antes mesmo do intervalo, uma bomba de Bonamigo na trave e uma infiltrada de Cuca pelo meio por pouco não deixaram a situação gremista mais confortável. Mesmo com um a homem menos, Abel Braga lançou mão do atacante Aguirre no lugar do volante Leomir, mas tudo apontava para uma festa branca, preta e azul, ainda mais depois que o segundo tempo iniciou com um Grêmio senhor do jogo. Foi quando veio o lance que mudaria a história da partida. Ou melhor, a história do clássico Gre-Nal. Um quase-córner na esquerda foi parar na cabeça de Nilson e o artilheiro do Campeonato não perdoou. Um a um. O empate no tempo normal e na prorrogação daria a classificação ao Inter, mas, logo depois de Luís Carlos Winck carimbar a trave em cobrança de falta, Nilson, em jornada iluminada, completou cruzamento de Maurício, aos 26, para virar o escore. O último trilar do apito, que viria para fazer a parte vermelha do Beira-Rio explodir de alegria, não viria sem antes Taffarel salvar uma cabeçada de Serginho que por pouco não mudou – mais uma vez – a história deste confronto inesquecível.


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