quinta-feira, 13 de novembro de 2014

O QUE EURICO MIRANDA PODE ACRESCENTAR?


Roberto Dinamite foi uma decepção tão grande como presidente do Vasco que Eurico Miranda voltará a comandar a nau cruz-maltina. O retorno de Eurico a uma posição de protagonismo no futebol brasileiro é tão duro de digerir que fica até difícil saber a partir de qual ponto o assunto deve ser abordado. Tentemos entender o que Eurico pode trazer de benefícios ao Vasco a médio ou longo prazo.

Antes de tudo, gostaria de pedir ao amigo, vascaíno ou não, que esquecesse por alguns minutos (somente os minutos necessários para ler esta coluna, que fique bem claro) as truculências, os autoritarismos e as vigarices que Eurico esbanjou durante seus anos como dirigente, não somente presidente, do Vasco. Deixemos de lado invasões de campo, viradas de mesa, desrespeitos ao torcedor, eleições fraudadas, tratamento inadmissível a ídolos, inimizades com jornalistas que o questionavam... Pensemos apenas no que Eurico é capaz de produzir no futebol de hoje.

Eurico seria capaz de organizar um departamento de marketing que soubesse aproveitar o potencial da torcida vascaína, a quinta maior do país? Seria capaz de fazer São Januário voltar a ser um templo do futebol nacional? Seria capaz de enfrentar as torcidas organizadas? Seria capaz construir todo o suporte exigido para as categorias de base? Seria capaz de oferecer ao elenco cruz-maltino uma estrutura técnica, tática, psicológica e física de alto nível? Seria capaz de desafogar o clube das dívidas com planejamento econômico? Não, não, não, não e não.

Mesmo que esqueçamos suas atitudes inesquecíveis que mancharam a história do Vasco, fica impossível ver algo positivo no futuro do clube com a volta de Eurico. Apenas com totalitarismo ele não conseguirá cumprir sua promessa de fazer o Vasco voltar a ser respeitado. A missão de presidir um clube de futebol nos dias de hoje pede conhecimentos e capacidades que Eurico jamais teve.

É uma pena que Eurico não tenha seguido as palavras que me disse há quatro anos, num banquinho de uma feira de futebol, quando afirmou que jamais voltaria a ser presidente do Vasco.

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