sábado, 4 de julho de 2015

CHI-CHI-CHI ! LE-LE-LE! VIVA CHILE!


Ninguém jogou mais bola nesta Copa América do que os grandes campeões chilenos. Se não foram imensamente superiores aos rivais, os donos da casa tiveram o mérito de saber lidar de forma madura com a pressão de ser um anfitrião na busca por um título inédito. Basta ver que em jogo algum o Chile abdicou de seu estilo de jogo, um estilo que, cá entre nós, não é coisa para qualquer time. Marcação pressão, transição pelo chão, deslocamentos imprevisíveis, infiltrações insistentes pelo meio, passes incisivos, dribles curtos...

Além do mais, todos os chilenos jogaram o que poderiam ou até mesmo um pouco mais. Bravo foi pura segurança. Isla não só fez o gol salvador contra o Uruguai como foi presença ofensiva marcante. O leão Medel conseguiu a façanha de jogar mais contra a Argentina do que havia jogado na Copa do Mundo contra a Espanha. Aránguiz, como de costume, mostrou primoroso senso de domínio da meia-cancha. O paradoxal Vidal esbanjou solidez e fluidez. Valdívia foi o homem dos passes verticais – e que passes! Sánchez chamou sempre o jogo e não se escondeu jamais. Vargas é peça rara: joga muito mais pela seleção do que por qualquer clube que tenha defendido.

Hoje, seja em termos psicológicos, físicos, táticos e até técnicos, o Brasil se encontra em um patamar abaixo dos chilenos. Se as próximas Eliminatórias tivessem o formato que teve até 1994, quando todos os jogos ocorriam em um intervalo curto, de no máximo dois meses, a situação brasileira seria delicadíssima. No entanto, a vida verde e amarela fica um pouco mais facilitada pelo fato de seleções como Peru (a grande surpresa da Copa América em termos de resultado e futebol), Paraguai e Venezuela dificilmente conseguirem manter o pique com as Eliminatórias realizadas em mais de dois anos.

Por fim, a Argentina, Ou melhor, Lionel Messi. É inegável que Messi é monstruoso, genial, supremo e tudo o mais. Seria leviano contestar o seu lugar entre os gigantes da história. Porém, enquanto seguir com a rotina de falta de protagonismo nos jogos decisivos com a camisa argentina, jamais poderá ocupar o trono de “o” melhor de todos os tempos.

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