sábado, 7 de abril de 2012

CAMPEONATO CARIOCA 2012 - TAÇA RIO- 7ª RODADA - VASCO X FLAMENGO


Vasco 1 x 2 Flamengo – Engenhão, Rio de Janeiro (RJ)


Gol de Ronaldinho, nos acréscimos, dá vitória ao Flamengo no “Clássico dos Milhões”, coloca o clube na semi final da Taça Rio e não deixa a crise se expandir ainda mais na Gávea.

Com um punhado de ausências relevantes – Dedé, Juninho e Felipe – Cristóvão Borges apostou em três atacantes e o Vasco foi para o jogo no 4-3-3 com: Fernando Prass; Fagner, Renato Silva, Rodolfo e Thiago Feltri; Rômulo, Eduardo Costa e Fellipe Bastos; Eder Luís, Alecsandro e William Barbio. Decidido a poupar os garotos e apostar na experiência para arejar um pouco o turbulento momento do Flamengo, Joel Santana armou seu time no 4-3-2-1 com: Felipe; Léo Moura, González, Welinton e Junior Cesar; Kléberson, Willians e Bottinelli; Deivid e Ronaldinho; Vagner Love.

Com apenas três minutinhos de jogo, Ronaldinho viu a ultrapassagem de Junior Cesar e o lateral colocou a redonda na cabeça do Deivid, que obrigou Fernando Prass a fazer defesa digna de “Homem-Mola”. Este foi o primeiro lance de perigo de um Flamengo que começou o clássico melhor postado e com mais controle da posse de bola. Não um controle inútil, como mostraria uma trama de ataque, aos 15 minutos, que terminou com Deivid empurrando pro fundo do filó um rebote de Fernando Prass em finalização de Vagner Love. No entanto, assim como em praticamente todos os jogos da Libertadores, o Rubro-Negro incorporou a cautela, recuou e decidiu apostar somente nos contra-ataques. Assim, o Vasco cresceu e, se antes só apostava na velocidade do Eder Luís, agora mantinha mais jogadores no campo ofensivo e assustava o goleiro Felipe, como em um arremate longo do Fellipe Bastos. O duelo esquentaria de vez nos últimos minutos da etapa e dois contra-ataques do Flamengo, um finalizado pelo Love e outro pelo Deivid, e um arremate longo do Eder Luís quase alteraram o escore.

No intervalo, Cristóvão Borges sacou o improdutivo William Barbio e colocou Diego Souza em campo. E o camisa 10 vascaíno entrou encapetado. Aos quatro minutos ele aproveitou momento de sonolência da zaga flamenguista – mais um! – e sacudiu o barbante. Logo depois, em duas jogadas suas de muita força e técnica, o Cruzmaltino quase virou o placar. Mas o ímpeto inicial vascaíno parou por aí. Com o girar dos ponteiros, o Flamengo se reestruturou e só não retomou a frente porque uma cobrança de falta do Ronaldinho beijou a trave e o Fagner salvou uma cabeçada do Love sobre a linha. Veio a parada técnica, aos 20 minutos, e o jogo novamente mudou de cara: agora quem criava as melhores chances era o Vasco, que em chute longo do Fellipe Bastos – que evolução nesta arma apresenta o volante! – e cabeçada do Eduardo Costa poderia ter virado o escore. Perto do minuto 30, talvez por motivos físicos, Cristóvão Borges trocou Fellipe Bastos – o melhor vascaíno em campo – e Fagner por Allan e Nilton, substituições que diminuíram o poder de sua equipe.

Mas a emoção não acabaria por aí e, com o relógio já na casa dos quarenta, o jogo continuava pegando fogo. O torcedor vascaíno que aplaudiu um quase antológico gol do Allan, após lambreta em Junior Cesar, prendeu a respiração quando Léo Moura recebeu milimétrica assistência de Ronaldinho e, cara a cara com Fernando Prass chutou para fora. Mas para a alegria dos rubro-negros, Léo Moura, que resolveu chamar a responsabilidade depois de pouco aparecer em toda a partida, foi derrubado na área pelo Fernando Prass, já nos acréscimos. Ronaldinho, em ótima jornada, converteu a cobrança com categoria e, se não traz a paz de volta à Gávea, pelo menos apaga um pouco das chamas de uma já forte crise.

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