quinta-feira, 5 de abril de 2012

COPA LIBERTADORES 2012 - 1ª FASE - EMELEC X FLAMENGO



Emelec (ECU) 3 x 2 Flamengo – Estádio George Capwell, Guaiaquil (ECU)


Flamengo volta a sair na frente do placar, volta a ser derrotado e termina a rodada na última colocação do grupo. Vaga só virá com trinfo diante do Lanús e se não houver vencedor no duelo entre Olimpia e Emelec.

Ainda vivo na Libertadores, apesar de ter entrado em campo com um retrospecto de três derrotas em quatro partidas, o Emelec foi para o jogo de vida ou morte organizado pelo Marcelo Fleitas no 4-2-2-2 com: Dreer; Morante, José Quiñonez, Achillier e Baguí; Pedro Quiñonez e Gaibor; Valencia e Giménez; de Jesús e Figueroa. Para aquele que se apresentava como confronto mais importante do ano até o momento para o Flamengo, Joel Santana decidiu repetir a escalação que venceu o Bangu pelo Carioca no último fim de semana e esquematizou a equipe no 4-3-2-1 com: Felipe; Léo Moura, González, Welinton e Junior César; Muralha, Willians e Bottinelli; Ronaldinho e Deivid; Vagner Love.

Um susto e um importante gol. Assim foram os primeiros minutos flamenguistas em Guaiaquil, quando Muralha errou uma saída de bola que quase terminou em gol do Jiménez e, aos sete minutos, um contra-ataque perfeito terminou em assistência do Deivid para Léo Moura arrematar, com ajuda de um desvio, tirar o zero do placar. Os ponteiros giravam e o Flamengo conseguia segurar o ímpeto do rival, não deixava a torcida se empolgar e até ameaçava em alguns contra-golpes. Porém, o argentino Figueroa, que já havia mostrado ser perigoso ao quase igualar o escore aos 15 minutos, o fez aos 33, em bela finalização de cabeça. O empate, acreditem, amigos, fez bem ao Flamengo, que em um intervalo menor do que cinco minutinhos, entre 38 e 42, criou duas ótimas jogadas pelo flanco esquerdo. Na primeira, Deivid, sozinho, cabeceou para fora um cruzamento de Ronaldinho, mas, logo depois, o atacante, também de cuca, completou passe de Junior César para o fundo do filó. Fazia tempo que o Deivid não se mostrava tão importante como nesta 1ª etapa.

Após o intervalo, tudo que o Flamengo teria que fazer era valorizar a redonda, manter a torcida local com pouca ou nenhuma empolgação e não deixar o Emelec alçar bolas na área, principalmente na direção do Figueroa. E o que o Rubro-Negro fez? Tudo ao contrário. Não trocou um punhado de passes, permitiu, aos 11 minutos, uma cabeçada do Figueroa que explodiu no travessão, e o estádio voltou a ganhar vida. O tempo passava, o treinador do Emelec fazia alterações ofensivas, o do Flamengo defensivas, e a bola insistia em rondar a área rubro-negra. Em dois surpreendentes passes do Muralha, Vagner Love até poderia ter colocado fim no ímpeto equatoriano, mas não o fez e, nos últimos 15 minutos, todo o terror que o torcedor flamenguista passara no empate em três gols com o Olimpia seria revivido. Aos 37, Figueroa ganhou no alto – de novo! – e recolocou a igualdade no placar. Igualdade esta que seria transformada em vitória do Emelec já nos acréscimos, com Gaibor convertendo pênalti cometido pelo Willians no Mondaini.

Não tenho condições de prever se o Flamengo conquistará a improvável classificação na última rodada. Mas mesmo que a consiga, isto não apagará o fato de que este time de 2012, por motivos técnicos, táticos, físicos e psicológicos, não sabe jogar um torneio como a Libertadores e muito menos sabe vencer partidas importantes. É assustador, amigos! O Flamengo saiu na frente do placar em todos os seus sete jogos – incluindo aí os duelos da Pré-Libertadores – e conquistou a vitória em apenas dois deles.

Nenhum comentário:

Postar um comentário