segunda-feira, 5 de setembro de 2011

AMISTOSO INTERNACIONAL - BRASIL X GANA

Brasil 1 x 0 Gana – Craven Cottage, Londres (ING)

No retorno de Ronaldinho à Seleção Brasileira a vitória veio pelo placar mínimo, apesar de termos atuado mais de uma hora com um jogador a mais.

Pressionado, apesar de não parecer estar com a corda no pescoço, Mano Menezes escalou uma Seleção Brasileira cheia de novidades em relação à equipe que deu vexame na Copa América. No 4-2-3-1, o Brasil entrou em campo com: Júlio César; Daniel Alves, Lúcio, Thiago Silva e Marcelo; Fernandinho e Lucas; Neymar, Ganso e Ronaldinho; Leandro Damião. Pelo lado de Gana, desfalcada de três de seus principais jogadores por contusão – Prince Boateng, Essien e Gyan – o treinador Stevanovic esquematizou a equipe no 4-3-2-1 com: Kwarasey; Pantsil, Mensah, Vorsah e Opare; Badu, Derek Boateng e Inkoon; Asamoah e Muntari; Ayew.

O início do duelo não foi nada bom para o Brasil, já que Gana conseguia marcar forte e mostrar perigo em avanços pelos lados do campo e o meia Ganso teve que deixar o jogo, contundido antes de o relógio apontar 10 minutos. Com Elias no lugar do santista, o Brasil não conseguiu encontrar uma maneira de se livrar da boa marcação africana – em alguns momentos uma marcação pressão eficiente – e Gana se mostrava uma equipe mais organizada, apesar de não levar perigo real ao goleiro Júlio César. No entanto, a partir do minuto 25, o Brasil entrou em uma crescente, marcou um golaço bem anulado com um impedido Leandro Damião, viu o destrambelhado Opare ser expulso, criou boa jogada com seu trio ofensivo aos 40 e, cinco minutos depois, abriu o placar quando Leandro Damião aproveitou milimétrico passe de Fernandinho. Vale destacar, neste bom final de 1ª etapa brasileiro, a melhora do lateral Marcelo, até então sumido em campo.

Para a 2ª etapa, Mano Menezes trocou Fernandinho pelo Hulk na busca de dar mais poder ofensivo ao Brasil. E a substituição deu resultado, pois o Hulk entrou ligado e, aberto pela direita, foi o principal responsável por 10 bons minutos do Brasil contra uma acuada Gana. Porém, sem explicação plausível, nossa Seleção diminuiu o volume ofensivo e decidiu adotar a estratégia de trocar passes inférteis. Faltando aproximadamente 10 minutos para o apito final, Ronaldinho – que fazia uma partida boa – chamou o jogo e, em duas cobranças de falta maravilhosas e um cruzamento perfeito para cabeçada do Pato, transformou o goleiro Kwarasey em um dos destaques do jogo.

Esta vitória brasileira sobre a melhor Seleção Africana do último Mundial deve ser vista por dois lados. Se o faro de gol do Leandro Damião, a boa participação do Hulk e os retornos de Marcelo e Ronaldinho devem ser destacados como pontos positivos, não podemos jogar para escanteio o fato de que só começamos a ser melhor no jogo quando ficamos com um jogador a mais.

A CONVOCAÇÃO PARA OS CLÁSSICOS CONTRA A ARGENTINA

Goleiros: Fábio (Cruzeiro), Rafael (Santos) e Jefferson (Botafogo)
Laterais: Danilo (Santos), Mário Fernandes (Grêmio), Bruno Cortês (Botafogo) e Kleber (Internacional)
Zagueiros: Dedé (Vasco), Réver (Atlético-MG), Rhodolfo (São Paulo) e Henrique (Palmeiras)
Volantes: Casemiro (São Paulo), Paulinho (Corinthians), Ralf (Corinthians) e Rômulo (Vasco)
Meias: Cícero (São Paulo), Lucas (São Paulo), Oscar (Internacional), Renato Abreu (Flamengo) e Thiago Neves (Flamengo)
Atacantes: Fred (Fluminense), Leandro Damião (Internacional), Neymar (Santos) e Ronaldinho (Flamengo)

Em uma análise geral, me agradou a convocação do Mano Menezes dos jogadores que atuam no Brasil para os duelos contra a Argentina. Existem alguns nomes que não estariam presentes na minha lista – o principal deles o atacante Fred – mas o dia em que não existir divergências diante de uma convocação brasileira, será a falência do nosso futebol, pois significará que não temos mais a quantidade de opções que sempre nos caracterizou.

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