quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

COPA LIBERTADORES 2012 - FASE DE GRUPOS - VASCO X NACIONAL

Vasco 1 x 2 Nacional (URU) – São Januário, Rio de Janeiro (RJ)

Diante de um forte Nacional, o Vasco deixou litros e mais litros de suor no gramado de São Januário, mas não teve bola suficiente para evitar um estreia com derrota na Libertadores 2012.

De volta ao principal torneio do continente após mais de uma década, o Vasco adentrou o lotado estádio de São Januário com a dupla Felipe / Juninho, conhecedora dos segredos da competição, e escalado pelo Cristóvão Borges no 4-2-2-2 com: Fernando Prass; Max, Dedé, Rodolfo e Thiago Feltri; Nilton e Eduardo Costa; Juninho Pernambucano e Felipe; Diego Souza e Alecsandro. Pelo lado do Multi-Campeão Nacional, o habilidoso ex-meia argentino e atual treinador Gallardo organizou a equipe no 4-4-2 com: Burián; Nuñez, Scotti, Rolin e Placente; Romeiro, Da Monte, Calzada e Cabrera; Viúdez e Sánchez.

O Vasco não estava diante de “apenas” um Tri Campeão da Libertadores. O Vasco enfrentava um Tri Campeão do Mundo, um dos clubes mais tradicionais do planeta. Mas caso o amigo seja daqueles que acha que camisa e história não pesam, o atual onze do Nacional também impõe respeito. Desde o apito inicial, os uruguaios pareciam estar num daqueles amistosos de fim de ano e não em um pulsante São Januário, tamanha a tranquilidade com que viviam o duelo. Se a ideia do Vasco era aproveitar o apoio da torcida e pressionar nos primeiros minutos, o insucesso nesta tarefa foi enorme, pois a primeira – e única – boa trama ofensiva cruzmaltina na etapa foi somente aos 22 minutos. Enquanto isso, os uruguaios davam uma aula de posicionamento e, em alguns momentos, pareciam ter até um homem a mais em campo. Com espaços para jogar, a qualidade de nomes como Cabrera, Sánchez e, principalmente, Viúdez, o camisa 10, prevaleceu e o Nacional abriu o placar aos 30, em gol contra do Dedé após cobrança de escanteio.

O juiz nem parecia ter acabado de soprar o apito para dar início ao 2º tempo e o Nacional chegava ao seu segundo gol: Rodolfo errou na saída e o infernal Viúdez cruzou para Sánchez sacudir o filó. E a dobradinha Viúdez / Sánchez por pouco não voltou a ser fatal segundos depois. O Vasco precisava botar o dedo na tomada. A torcida pedia Bernardo, mas Cristóvão colocou Tenório no lugar do sumido Felipe. O equatoriano é daqueles que marca pressão até sozinho, e melhorou o Cruzmaltino, que, com predomínio da vontade sobre a organização, se fez mais presente no campo de ataque. A desorganização era tamanha que Nilton centralizava as ações ofensivas da equipe. O combustível para buscar a igualdade veio aos 28 minutos, em jogada de Diego Souza e Juninho finalizada por Alecsandro. Porém, apesar da admirável entrega, o máximo que o Vasco conseguiu foi um gol irregular do Tenório, bem anulado pela arbitragem. Abro um parêntese para elogiar a impecável atuação defensiva do zagueiro uruguaio Rolin, essencial para o triunfo de sua equipe.

Na próxima rodada, só lá em março, o Vasco, novamente em São Januário, tem a obrigação de vencer o Alianza Lima (PER). Não é bom ter obrigações cedo em uma Libertadores, mas o difícil grupo vascaíno não permite duas derrotas seguidas em casa.

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