domingo, 28 de fevereiro de 2010

CAMPEONATO PAULISTA - 11ª RODADA

Santos 2 x 1 Corinthians – Vila Belmiro, Santos (SP)

Olá amigos do FUTEBOLA!

Com um futebol mágico e encantador o Santos engoliu o Corinthians, manteve a vantagem de 4 pontos sobre o segundo colocado e, de tabela, tirou o Timão da zona de classificação para as semi-finais.

Desde o apito inicial, o Santos foi simplesmente arrasador. O sistema defensivo corintiano ficou totalmente perdido diante da visão de jogo e qualidade nos passes da dupla de armadores Paulo Henrique Ganso/Marquinhos e da velocidade e habilidade de Neymar. Logo aos 2 minutos, Ganso deixou Neymar cara-a-cara com o arqueiro Felipe, que fez ótima defesa. Três minutinhos depois, novamente perfeito passe de Ganso, dessa vez para Marquinhos, que entrou na área e foi derrubado por Roberto Carlos. Na cobrança da penalidade, Neymar bateu em meia altura e Felipe voou para buscar. Existe um máxima no futebol que diz que quando uma equipe perde um pênalti ela fica pra baixo e o adversário cresce em campo, porém isso esteve muito longe de ocorrer. Mesmo com a defesa do goleirão Felipe o Corinthians permaneceu apático e, em nenhum momento, o Santos perdeu as rédeas da partida. Felipe ainda teve êxito em impedir o Santos de abrir o placar ao defender um chute de Arouca, logo após este receber milimétrico passe de Marquinhos, mas, aos 32 minutos, ele nada pode fazer. Marquinhos, sempre ele, encontrou Neymar na área e o jovem santista, em uma virada rápida e mortal, sacudiu o filó. Palmas para o passe do Marquinhos. Palmas para a atitude de Neymar, que perdeu um pênalti e, mesmo assim, não se escondeu em campo. O único lance ofensivo corintiano que merece destaque é a perfeita bicicleta de Dentinho, que merecia ter balançado a rede.

Nos primeiros 45 minutos, o quarteto de meio-campo santista dominou completamente o setor. Enquanto a já citada visão de jogo da dupla Ganso/Marquinhos infernizava Roberto Carlos e cia, os volantes Wesley e Arouca tinham toda a liberdade para aparecerem ofensivamente. Era necessário que Mano Menezes alterasse sua equipe de alguma forma no intervalo e, em minha opinião, um dos três atacantes deveria ser sacado, para fortalecer a meiúca corintiana. Jucilei e Moacir substituíram, respectivamente, Ralf e Alessandro e o trio ofensivo permaneceu intacto. O resultado? Um início de 2º tempo imagem e semelhança do anterior. Aos 14 minutos, uma jogada magistral. Um lançamento de Marquinhos, para mim o melhor jogador em campo, chegou até Neymar, que dominou a pelota no peito e encontrou seu parceiro André livre, leve e solto para marcar o segundo gol santista. Jogada para ver e rever diversas vezes. Com 2 x 0 no placar, o Santos relaxou mais do que o necessário e perdeu totalmente o foco da partida. O gol corintiano, marcado aos 23 minutos, até poderia colocar fogo no jogo, mas, logo depois, Moacir e Roberto Carlos, os dois laterais do Timão, foram expulsos. O consagrado e experiente Roberto Carlos, que havia recebido amarelo ao cometer pênalti em Marquinhos, simulou ter sofrido uma falta e recebeu o segundo cartão. Um verdadeiro papelão. Agora, além da vantagem no placar, o Santos possuía dois homens a mais em campo. Os últimos 15 minutos mostraram perfeitamente o maior defeito desta grande equipe santista: acreditar que a partida acaba antes do apito final. Na vitória sobre o Bragantino por 6 x 3, este fato, assim como no clássico, ficou evidente e poderia ter prejudicado o Santos. Se aos 41 minutos o meia Tcheco, completamente sumido em campo, não tivesse errado uma cabeçada quase na linha do gol, o Corinthians teria conseguido empatar uma partida em que não jogou absolutamente nada. Dorival Junior tem o trabalho de ensinar esses novos meninos da Vila como decidir as partidas.

Inadmissível que uma equipe com os jogadores de alto nível, como é a do Corinthians, tenha uma apresentação ofensiva como a deste clássico. Passar 90 minutos e organizar apenas três jogadas de ataque é assustador. Ultrapassagens dos laterais, tabelinhas pelo meio da defesa, jogadas de pivô preparando a pelota para o companheiro, lances individuais... Nada disso esteve presente no cardápio do Timão. E o Mano só tentou mudar algo nos minutos finais, com a entrada do Iarley.

Não posso deixar de comentar um lance que me marcou muito. O juiz havia parado o jogo e o xerifão corintiano Chicão foi buscar a pelota para realizar a conbrança da infração. Neste momento, Neymar lhe aplicou um chapéu indescritível. Na hora do lance, critiquei o garoto pois achei sua atitude completamente desnecessária. Porém, após o jogo, ele disse o seguinte: “Foi uma jogada em que abusei, mas é coisa do clássico. Ele falou que começaria a bater, respondi”. Diante de jogadores como Neymar, os zagueiros se utilizam de xingamentos e ameaças para deixar o oponente nervoso, não é? Pois bem, Neymar utilizou sua arma para deixar seu oponente nervoso. Por isso o lance me marcou. Nunca iria olhar esta atitude do Neymar por este ponto de vista, se não fosse sua entrevista.

JOGADA RÁPIDA!

Uma das grandes revelações do último Brasileirão, atuando pelo Barueri, o atacante Fernandinho fez sua estréia pelo São Paulo. Se ela foi boa? Não, foi surreal. Fernandinho marcou nada menos do que 4 gols na vitória do Tricolor sobre o Monte Azul, por 5 x 1. Será mais um craque da nossa inesgotável safra?

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