domingo, 21 de fevereiro de 2010

TAÇA GUANABARA - FINAL

Vasco 0 x 2 Botafogo – Maracanã, Rio de Janeiro (RJ)

Olá amigos do FUTEBOLA!

Em um jogo com cara de decisão o Botafogo bateu o Vasco por 2 a 0 e, com todos os méritos,conquistou o Bi-Campeonato da Taça Guanabara.

A primeira observação que deve ser feita sobre o clássico que decidiu a Taça Guanabara é que ele serve de exemplo perfeito para os que defendem a tese de que o treinador de futebol tem uma grande importância. Faz menos de um mês que o fortíssimo trio ofensivo vascaíno formado por Carlos Alberto, Philippe Coutinho e Dodô destruiu o Botafogo com uma implacável goleada de 6 x 0. Naquela partida, além da maravilhosa atuação vascaína, ficou evidente a desorganização defensiva botafoguense. O então treinador do Fogão Estevam Soares caiu e o já lendário Joel Santana assumiu o comando. E como o Botafogo mudou... Com um sistema defensivo muito bem estruturado e jogadores que sabem exatamente o que fazer em campo – e o fazem com uma vontade gigantesca – o Botafogo inutilizou o ataque vascaíno do primeiro ao último minuto. Para se ter idéia da dificuldade do Vasco em penetrar na área defendida pelo goleirão Jefferson, as três melhores chances criadas pelo Gigante da Colina foram um cabeçada do Carlos Alberto, após uma bola parada alçada, e dois chutes longos do mesmo Carlos Alberto. E foi só. Tabelinhas, triangulações, ultrapassagens dos laterais, contra-ataques... Nada disso esteve presente no repertório vascaíno devido ao excelente trabalho defensivo do Bota. Laterais, trio de zaga, volantes, todo o sistema defensivo do Fogão esteve perfeito em campo.

Pelo método de jogo que o Botafogo adota, uma palavrinha é essencial para a obtenção do êxito: eficiência. Um sistema de jogo baseado em se defender e jogar no erro do oponente precisa aproveitar ao máximo as oportunidades de gols que aparecerem, pois elas não serão numerosas. Bom, se o Botafogo não mostrou nesta partida a sensacional eficiência apresentada contra o Flamengo, foi bem o suficiente para garantir o triunfo. No 1º tempo, o Fogão, mesmo com a constante presença ofensiva de Marcelo Cordeiro e Herrera no lado esquerdo de seu ataque, pouco conseguiu criar. Porém, logo aos 2 minutos da 2ª etapa, esta mesma dupla criou a melhor jogada da partida até o momento. Um lindo lançamento de Cordeiro encontrou Herrera na cara de Fernando Prass, mas o goleirão vascaíno se saiu excelente na jogada e defendeu o arremate. Logo depois, o Vasco acordou e assustou Jefferson com os já citados dois chutes longos de Carlos Alberto, mostrando o equilíbrio entre as equipes. E aos 25 minutos, surgiu a maior arma ofensiva do Bota: a bola parada. Cruzamento perfeito de Marcelo Cordeiro e cabeçada certeira de Fábio Ferreira. 1 a 0 Fogão! A partir daí, o Vasco se perdeu e perdeu a cabeça. Primeiro Nílton dá uma entrada criminosa no garoto Caio, que havia substituído Lúcio Flávio, e é expulso aos 26 minutos. Aos 30, uma bomba de Herrera quase amplia a vantagem. Pouco mais de 5 minutos depois, o zagueiro vascaíno Titi comete falta, novamente em Caio, e puxa a camisa de Loco Abreu na área, em um intervalo de segundos. Dois lances, dois cartões amarelos e mais uma expulsão. Na cobrança da penalidade, o novo ídolo do Fogão Loco Abreu não desperdiçou e fechou o caixão Cruzmaltino.

O tão badalado ataque vascaíno passou em branco contra Flu e Bota. Já o Fogão, com todos os méritos possíveis, bateu o Flamengo e o Vasco, conquistou a Taça Guanabara e vai disputar, pela quinta vez seguida – um feito inédito – a final do Cariocão. Por fim, me desculpem os mais tradicionais, mas com Joel Santana no comando o Botafogo não pode ser chamado de Estrela Solitária.

PARABÉNS, FOGÃO!

2 comentários:

  1. Realmente o Vasco não jogou mais depois da expulsão de Nilton.

    E Joel é o cara.

    Grande abraço

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  2. Diano,

    concordo com sua análise. Também acho que o Joel teve grande importância neste título alvinegro, em especial porque é uma das poucas vezes que vejo um time com meio-de-campo nulo ser campeão.

    Não acho que o Vasco se perdeu somente com o Nílton. Achei que a falha do Fernando Prass deixou o time mais inseguro.

    Bom, fiz uma análise lá em O tempo e o placar..., fique à vontade pra ver. Muito obrigado pelos elogios, saiba que estou sempre tentando melhorar passo a passo para leitores como você.

    Abraços,

    Vinícius Faustini

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