sábado, 27 de março de 2010

E NO VELHO CONTINENTE...

Roma 2 x 1 Internazionale – 31ª rodada do Campeonato Italiano

Em um Estádio Olímpico completamente lotado, a vice- líder Roma bateu a líder Inter em um dos melhores jogos da temporada européia e diminuiu para um pontinho a diferença no topo da tabela.

Desde o apito inicial, a partida se mostrou uma verdadeira decisão. Parecia que o Campeão Italiano seria decidido ali, no fim dos 90 minutos, o que tornou o jogo um jogaço para qualquer fã de futebol. A Roma, apoiada por sua barulhenta torcida, iniciou a partida com maior ímpeto ofensivo, enquanto a Inter buscava esfriar o jogo. Até os 15 minutos, o equilíbrio foi grande e jogadas de perigo não foram criadas, porém, a partir daí, a Roma começou a dominar as ações ofensivas e mostrar o motivo de estar totalmente na briga pelo caneco. Tudo começou aos 16 minutos, quando após uma falta cobrada na área pelo Pizarro, Burdisso desviou, Júlio César falhou feio e De Rossi aproveitou para abrir o marcador e incendiar mais ainda, se é que era possível, o Olímpico. Com a vantagem no placar, a Roma cresceu muito em campo e a Inter passou a se complicar defensivamente. O tripé de volantes interistas, formado por Stankovic, Thiago Motta e Cambiasso, foi completamente envolvido e a meia cancha foi toda dominada pela Roma. O destaque romano era o chileno Pizarro que tomou conta do jogo, fazendo com que toda posse de bola da sua equipe passasse por seus pés. Vucinic em chute longo e Riise e Cassetti em cobranças de falta assustaram o goleiro Júlio César e, por pouco, a Roma não ampliou o placar. Entretanto, aos 41 minutos, a dupla de zaga da Inter foi ao ataque e mostrou que a equipe não estava morta. Uma cabeçada de Samuel na trave e uma bomba de canhota do Lúcio que passou raspando indicou que a 2ª etapa seria agitada.

Nos primeiros minutos após o intervalo, a Roma só se defendeu. Fica difícil saber se esta foi uma postura adotada pela equipe ou se foi consequência da pressão imposta pela Inter. Contando com o meia Sneijder bem mais participativo, a Inter enfim começou a arquitetar boas jogadas ofensivas. Um arremate do Milito que explodiu no travessão e outro de Sneijder que Júlio Sérgio defendeu muito bem empolgaram a equipe de Milão e, aos 20 minutos, o domímio interista deu resultado. Após uma jogada iniciada por Sneijder e um bate-rebate na área romana, o mesmo Sneijder encontrou Milito na pequena área e o argentino não desperdiçou. Pouco depois, Milito quase virou o jogo após receber belo passe de Pandev, mas uma arrojada saída do goleiro brasileiro Júlio Sérgio, que diga-se de passagem teve uma excelente atuação, salvou a Roma. Segundos depois desta corajosa defesa, quando os torcedorses romanos ainda estavam roendo as unhas, Luca Toni resolveu aparecer na partida. Sabem aquela frase que diz que centroavante não precisa saber jogar bola, mas sim fazer gols? Pois é, ela reflete perfeitamente o grandalhão e artilheiro Luca Toni. Após um chute torto e cruzado da ponta direita, dado pelo brasileiro Taddei, Toni dominou a pelota e com um rápido giro balançou as redes. Dava pra ver pela tv o Estádio Olímpico tremer, tamanha a festa da torcida romana.

Após o gol da virada, o jogo perdeu em oportunidades ofensivas e ganhou em tensão e nervosísmo. As entradas duras e violentas, que já eram muitas, multiplicaram-se. Carrinho pra lá, pisão pra cá, cotovelada ali, mãozada aqui... O jogo se transformou em uma batalha. Aos 49 minutos, Diego Milito ainda acertou a trave, feito que tornou a vitória romana ainda mais épica.

A vitória da Roma deixou o torneio ainda mais empolgante. Se o Milan vencer a Lazio amanhã, também ficará somente um ponto atrás da rival Inter. Vai pegar fogo na “Terra da Pizza”!

JOGADA RÁPIDA!

Mais uma prova de que o futebol não tem a mínima lógica. Pela Premier League, o Chelsea tinha pela frente o Aston Villa, clube que, apesar de empatar muito, estava invicto em 2010 e contava com a melhor defesa do campeonato Inglês. Resultado? Atuação memorável e inesquecível de Lampard, que marcou 4 gols, e chinelada de 7 x 1.

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