domingo, 21 de março de 2010

TAÇA RIO - 5ª RODADA

Friburguense 2x3 Bangu
Olaria 1x0 Vasco
Fluminense 2x1 Resende
Duque de Caxias 0x1 Madureira
Americano 2x1 Macaé
América 3x2 Boavista
Tigres 3x0 Volta Redonda
Botafogo 2x2 Flamengo

Olá amigos do FUTEBOLA!

A 5ª rodada da Taça Rio começou surpreendente, com o Olaria batendo o Vasco, se tornando o primeiro “pequeno” que venceu um “grande” na competição, e ainda deixou o Cruzmaltino fora da zona de classificação. Apesar da tropeçada do Vasco, o destaque da jornada ficou por conta do clássico entre Flamengo e Botafogo. Vamos aos comentários deste sensacional duelo.

Botafogo 2 x 2 Flamengo – Engenhão, Rio de Janeiro (RJ)

Foi um jogaço de bola! Botafogo e Flamengo fizeram no Engenhão uma partida espetacular e emociontante até, literalmente, o último minuto.

O clássico começou com ambas as equipes tendo sérios desfalques. Pelo lado do Botafogo, Loco Abreu, suspenso, diminuía o poder do time nas bolas aéreas, principal arma alvi-negra em 2010. Já no Mengão, Léo Moura e Juan eram as ausências que tornavam a equipe mais fraca ofensivamente. Com o apito inicial, o Flamengo até começou bem postado no ataque, mas logo o Fogão mostrou, como dissera o atacante Herrera, que não vive só das bolas aéreas para o ausente Loco Abreu. Um Lúcio Flávio bastante presente e a dupla Herrera/Caio mostrando toda a velocidade característica fizeram o Botafogo ganhar o controle do jogo e assustar o goleiro Bruno. O sistema defensivo rubro-negro já havia cochilado aos 7 minutos, quando Marcelo Cordeiro encontrou Herrera dentro da área e o argentino quase abriu o placar, e voltou a bobear aos 14, quando Sandro Silva arrancou pela meiúca e deu lindo passe para Lúcio Flávio sofrer pênalti cometido por Éverton Silva. A falta cometida pelo lateral flamenguista foi fora da área, mas só as repetições televisivas deram certeza do equívoco do árbitro. Na cobrança, Herrera bateu forte e, mesmo com o goleirão Bruno encostando na redonda, sacudiu o filó. O Botafogo, então, poderia se organizar defensivamente e explorar os contra-ataques, porém o Flamengo não permitiu que o Bota se aproveitasse da vantagem. Aos 21 minutos, em uma bela trama ofensiva rubro-negra, a pelota chegou aos pés do Kléberson, pela direita, e o meia cruzou para Adriano igualar o escore. O gol fez o Flamengo crescer na partida e por pouco a equipe não virou o jogo em um contra-ataque puxado pelo Adriano que Éverton Silva chutou cruzado para fora.

Realmente era um jogão, com Botafogo e Flamengo alternando o domínio ofensivo e deixando o torcedor sem ter nem idéia do que viria pela frente. No finzinho da 1ª etapa, o Fogão voltou a pressionar e podia ter saído para o intervalo com a vitória parcial. Aos 39, Lúcio Flávio cobrou falta com muita categoria e carimbou a trave do Fla. Três minutos depois, em nova bola parada cobrada por Lúcio Flávio, Antônio Carlos cabeceou para defesa de Bruno. Queria destacar o belo 1º tempo realizado pelo capitão alvi-negro Lúcio Flávio. Além de excelente nas bolas paradas, como é de costume, o meia também apareceu bastante com a pelota rolando.

Os 10 primeiros minutos após o intervalo foram tão emocionantes quanto os da etapa inicial. Uma bomba do zagueiro Fabrício e um passe de Kléberson que Adriano finalizou, quase deram a vantagem para o Fla. O Fogão respondeu com Marcelo Cordeiro, após assistência de Caio e com Herrera, que balançou o véu da noiva após perfeito cruzamento do improvisado lateral-direito Somália. Se, como citei anteriormente, o sistema defensivo do Fla bobeou algumas vezes na 1ª etapa, no lance do segundo gol do Fogo a bobeada foi maior ainda. Na hora da finalização, Herrera estava livre, leve e solto, entre os dois defensores adversários. Com o placar a favor, o Botafogo, aí sim, recuou para buscar os contra-ataques e deu espaço para o Flamengo se postar ofensivamente. Com praticamente toda a equipe no campo de ataque, o Flamengo conseguiu criar ótimas oportunidades de gols e deu muito trabalho ao goleiro Jefferson. Por quatro vezes o atacante Vagner Love esteve perto de igualar a partida e se mostrou, como sempre, muito participativo. O lance de destaque do “Artilheiro do Amor” foi o voleio que acertou na trave após preciso cruzamento de Kléberson, que diga-se de passagem também esteve bem em campo. Enquanto Love e cia levavam o Flamengo ao ataque, o Botafogo não conseguia aproveitar os espaços dados pelo rival. A maior prova da falta de eficiência que o Bota mostrou para contra-atacar foi o lance em que o goleiro Bruno foi ao ataque, cobrou uma falta que parou nas mãos de Jefferson e, mesmo assim, o Fla não sofreu consequências. Herrera e Caio até realizaram um bom jogo, principalmente o argentino, mas acredito que eles poderiam ter sido mais efetivos nos contra-golpes.

Já nos acréscimos, aos 48 minutos, o Flamengo viu seu esforço ofensivo ter resultado quando Éverton Silva cobrou falta na área e o “Imperador” Adriano, no meio de dois defensores, igualou o placar. Vale ressaltar aqui a ótima atuação do lateral Éverton Silva. Se Éverton está longe de possuir a qualidade técnica de Léo Moura, ele se apresenta como opção em praticamente todas as jogadas ofensivas do Flamengo. É difícil ver o Fla realizar um ataque sem que ele esteja dando opção de jogo. Sobre Adriano, acho um tremendo exagero falar que ele está em má fase. É visível que ele não está na melhor das fases, mas falar em má fase já é demais. Os dois gols no clássico mostram isso.

JOGADA RÁPIDA!

Se aproveitando da bobeada do Vasco, o América venceu o Boavista e entrou na zona de classificação para a próxima fase da Taça Rio. Com 10 pontos, o “Diabo” só perde a liderança para o Botafogo no saldo de gols e parece que vai dar muito trabalho ainda. E Romário deve estar com um enorme sorriso...

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