segunda-feira, 7 de abril de 2014

FAVORITOS! OU FAVORITOS?


Pelo retrospecto recente de três títulos consecutivos (Santos, Corinthians e Atlético Mineiro), pelo maior potencial econômico e, consequentemente, pelos melhores elencos no papel (seja lá qual for a importância disso), os brasileiros entraram na Libertadores com pompas de favoritos. A ausência do Boca Juniors – o único para quem os torcedores tupiniquins aceitam ser derrotados sem gritar “Que zebra!” – pretendia deixar o caminho para o principal título continental ainda menos pedregoso. Mas é quando a bola rola que a história se desenrola...

Favoritismo, amigos, não é sinônimo de vida fácil. Poderia me fazer valer de qualquer um dos grupos para ilustrar tal afirmação, mas ficarei com o do Flamengo. O título da Copa do Brasil após superar quatro dos seis melhores classificados do último Campeonato Brasileiro e uma chave com León, Bolívar e Emelec, clubes que nunca foram finalistas na história da Libertadores, levaram a uma ideia de que o Rubro-Negro teria vida tranquila na primeira fase. Esta ideia, diga-se de passagem, ignorou o fato de estes três clubes terem levantado um caneco nacional no ano passado.

Pois bem, com duas vitórias em cinco jogos, o Flamengo chega à última rodada sem a vaga no mata-mata garantida e, mais importante ainda, sem demonstrar ter um time superior aos seus adversários. Atlético Paranaense, Botafogo e Cruzeiro (até tu, Brutus!) vivem situação semelhante. É verdade que todos dependem de suas próprias forças, mas, hoje, com uma rodada por jogar, apenas Grêmio e Atlético Mineiro já estão classificados, um cenário bem menos pomposo do que se esperava no início do torneio.


O futebol brasileiro ainda pode ter todos seus seis clubes classificados para as oitavas de final da Libertadores, mas a possibilidade (real) de contar com apenas dois representantes no mata-mata serve para pensarmos primeiro em quão sólido era o favoritismo dos nossos clubes pré-torneio, e, segundo, em como é vazio este status de favorito no futebol. 

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