terça-feira, 12 de agosto de 2014

A SUJEIRA DO FAIRPLAY


Infelizmente, a sensação que se tem no futebol é a de que se precisa criar o maior número de mecanismos o possível para que a honestidade prevaleça, pois se depender dos envolvidos no jogo... Vejamos o caso do cada dia mais sujo fairplay.

Cena comum número um: diante de um companheiro seu caído no chão, jogadores de um time decidem dar sequência ao contra-ataque. Porém, perdem a pelota e, instantaneamente, começam a apontar para tudo quando é canto exigindo que o adversário, agora com a posse da bola, a jogue para fora.

Cena comum número dois: como se tivesse acabado de ter a perna amputada sem anestesia, um jogador, obviamente do time em vantagem no placar, rola pelo gramado. O jogo para, o tempo passa, os médicos entram, o tempo passa, o carrinho-maca chega, o tempo passa e o jogador sai de campo. Segundos após, porém, lá está ele, não mais como um moribundo, a acenar para o juiz pedindo pelo retorno.

Cena comum número três: sentindo-se um São Francisco de Assis de tão caridoso, um jogador se posiciona para devolver a bola ao adversário no lance mais representativo do fairplay. No entanto, a devolução é um verdadeiro presente de grego, pois a bola é colocada pela linha lateral de forma que a marcação possa se adiantar para fazer pressão na cobrança do manual.

Estas são apenas três das diversas cenas inescrupulosas que observamos mundo do futebol afora quando o assunto é fairplay. Acabar com a sujeira é muito difícil, mas uma maneira de dificultar a vida dos desleais seria a seguinte: qualquer jogador que for atendido dentro de campo e, para isso, paralisou o jogo, precisará ficar cinco minutos de fora até retornar.

Se o contundido realmente não possuir condições para sair de campo para ser atendido sem que o jogo pare por sua causa, os cinco minutos serão importantes para a sua recuperação, já que a coisa é tão séria que ele não conseguiu sequer caminhar. Se tudo não passar de encenação desonesta, seu time pagará por isso com cinco minutos com um jogador a menos.

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